Morte foi em Amargosa, cidade que teve mais de 60 casos desde dezembro.
Secretário diz que vítima entrou em hospital apenas com dor na barriga.
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Um adolescente de 16 anos, morador de Amargosa, morreu no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, cidade vizinha, na segunda-feira (1ª), após ter procurado atendimento médico com sintomas de dores abdominais. Há suspeita da morte ter sido em decorrência de uma dengue hemorrágica, o que será confirmado por exames sorológicos realizados pelo Laboratório Central (Lacen), da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). O prazo para o resultado é de até 30 dias.
"Pode ser dengue, mas temos que aguardar a sorologia. Ele entrou sentindo dor abdominal [no dia 28 de março], foi medicado e liberado. Depois, no sábado [30], retornou com a mesma dor. Como a dor não passava, ele foi transferido para o regional [hospital de referência situado em Santo Antônio de Jesus], a 40 km de Amargosa", disse o secretário de Saúde da cidade, Carlos Alberto.
O secretário municipal Carlos Alberto informa que a cidade de Amargosa vive um surto de dengue desde dezembro de 2012, situação que passa por um declínio até março deste ano, conforme os dados da prefeitura. Em dezembro, foram 25 casos, contra 15 em janeiro, 16 em fevereiro e 9 no mês de março, totalizando 65 vítimas de dengue comum nesse período, nenhuma hemorrágica. Até o momento, não houve morte. A Sesab informou que, de janeiro o dia 1° de abril, em toda a Bahia, foram registrados 31 casos graves de dengue, com total de cinco mortes.De acordo com o secretário, o jovem não apresentou sintomas considerados clássicos da doença. "Dor abdominal é a última coisa, não tinha outros sintomas. Por exemplo, as plaquetas estavam acima de 100 mil, quando o paciente [com dengue] fica em torno de 50 mil. A família informou que ele não teve febre, só mesmo a dor na barriga. A causa da suspeita [de dengue] é que, no momento do óbito, ele sangrou pela boca", detalhou. O secretário de Saúde de Amargosa acrescenta que, além de dengue, o mesmo sangramento ocorre em casos de aneurisma, úlcera e gastrite. "Essas doenças não são esperadas em um adolescente, mas acontece. O adolescente é muito difícil de adoecer, não é frequente", explica ele, que também é enfermeiro.
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